Núcleo Vida e Saúde

Quando eu era criança era comum ouvirmos de nossos pais ou dos pais de nossos amigos que era pra gente largar o videogame e ir brincar lá fora. A idéia era que o videogame nos deixava muito sedentário e que as brincadeiras tradicionais das crianças ou os esportes nos faziam sair do sedentarismo, praticando atividade física e portanto seriam mais saudáveis. 

Hoje em dia, diversos videogames tem agregado movimentos físicos ao modo de se controlar o jogo, deixando o jogador menos sedentário ao jogar os seus jogos favoritos. Vários pesquisadores tenham observado que os videogames ativos propiciam frequencia duração e intensidade apropriada para serem considerados prática de atividade física.

Alguns estudos verificaram que jogar videogames ativos seria comparável a caminhar na esteira. Outros conseguiram gastos energéticos maiores com os jogos de videogame em relação a caminhada na esteira, aumentando o gasto metabólico (energético) de maneira substancial, podendo auxiliar na melhora da aptidão física e minimizando os efeitos do sedentarismo.

Mesmo o aspecto da atividade física em grupos e interação pessoal que é característica das tradicionais brincadeiras infantis e esportes tem possibilidade de ocorrer no meio do videogame ativo, visto que alguns jogos permitem modos multiplayer, o que inclusive parece incentivar a sua utilização.

Em suma, o videogame parece promover benefícios físicos e estimular crianças e adolescentes a praticar exercícios e cabe a nós profissionais promotores de saúde conhecer os benefícios da tecnologia e aplicar eles ao lidarmos com crianças e adolescentes que sejam resistentes a atividade física convencional. Talvez estejamos na eminência de refletir sobre os nossos tratamentos oferecidos. Será que nosso paciente não se beneficiaria de novos recursos virtuais associados ao tratamento convencional?

 

 

OBS: Este artigo tem carater puramente informativo, não substituíndo a consulta presencial a um profissional habilitado e não pretendendo ser fonte única de conhecimento médico.

Artigo elaborado, após revisão da literatura médica, citada na fonte por Sergio Tranchesi Ortiz, CRM/SP: 109.121 - Clínico Geral (RQE 85913) e Cardiologista (RQE 85912).